Por G1


Os preços do petróleo fecharam em forte alta nesta terça-feira (10), recuperando parte das perdas da véspera, quando o preço barril da commodity tombou quase 25% na véspera, depois do início de uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, que provocou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo de 1991.

Os contratos futuros do Brent para maio encerraram o dia em alta de 8,32%, aos US$ 37,22 o barril, na bolsa ICE, em Londres. Já os preços do West Texas Intermediate (WTI) para entrega em abril subiram 10,37%, para US$ 34,36 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Na véspera, o barril de Brent caiu 24,13%, a US$ 34,36 na venda, enquanto o barril WTI, nos EUA, perdeu 24,6%, a US$ 31,13. O valor de fechamento foi o mais baixo desde 12 de fevereiro de 2016.

Após turbulência, barril do petróleo tem alta de 8,32%

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Segundo a agência Reuters, investidores miraram possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para evitar a guerra de preços seguem possíveis.

O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.

Alguns bancos passaram a prever também mais cortes nas taxas de juros dos EUA nos próximos meses.

Evolução do preço do petróleo
Valor médio do barril de Brent, em US$
Fonte: Tendências Consultoria e Reuters

Guerra de preços

O tombo nos preços do petróleo veio depois que a Arábia Saudita iniciou uma guerra de preços contra a Rússia por participação no mercado, na esteira do fracasso das negociações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para tentar estabilizar a oferta e preços da commodity.

A Rússia, que é o 3º maior produtor mundial e se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países do grupo para estabilizar os preços do petróleo. Como resposta ao governo da Rússia, a Opep removeu todos os seus limites de extração da commodity.

Preço do barril de petróleo despenca e derruba bolsas pelo mundo

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Mas o ministro russo de Energia, Alexander Novak, disse nesta terça que não descarta medidas conjuntas com Opep para estabilizar o mercado e acrescentou que o próximo encontro da aliança Opep+ está planejado para entre maio e junho.

O ministro saudita de energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, no entanto, disse à Reuters que não vê necessidade de uma reunião da Opep+ em maio ou junho se não houver um acordo sobre medidas a serem tomadas para compensar o impacto do coronavírus sobre a demanda e os preços.

O forte tombo nos preços do petróleo trouxe um ingrediente adicional de nervosismo para os mercados globais, que já vinham operando com estresse em razão do temor de uma recessão global.

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