FCA registra queda de 21% das vendas globais no 1º trimestre

Na América Latina, volume cai 12%, o menor índice entre as demais regiões

Por REDAÇÃO AB
  • 05/05/2020 - 18:58
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
  • 2 minutos de leitura
    O impacto da crise pandêmica afetou o desempenho de vendas e consequentemente o resultado financeiro da FCA Fiat Chrysler, que divulgou o balaço do primeiro trimestre por meio de comunicado enviado na terça-feira, 5. A companhia ítalo-americana registrou queda nos volumes de vendas em todas as regiões em que atua. O destaque ficou por conta da América Latina, cujo índice de retração foi o menor entre as demais regiões, como América do Norte, Ásia-Pacífico, China e Europa.


    Foram apenas 818 mil unidades vendidas em todo o mundo durante os três primeiros meses de 2020, uma retração de 21% sobre as vendas de igual período do ano passado. Com isso, as receitas diminuíram 16% na mesma base de comparação, fechando em € 20,6 bilhões.

    O lucro reportado há um ano deu lugar a um prejuízo de € 1,7 bilhão e ajustado para € 500 milhões. Apesar disso, a FCA entregou um Ebit ajustado positivo em € 52 milhões, graças aos ganhos na América do Norte.

    Em nota, o CEO da FCA, Mike Manley, reforça que o balanço reflete os efeitos diretos do fechamento de fábricas em todo o mundo como forma de conter a pandemia e preservar a saúde de funcionários, além da baixa demanda, que gerou queda substancial de vendas e receitas.

    Na América Latina, as vendas somaram 106 mil unidades no período, queda de 12% no comparativ anual, principalmente por causa da suspensão temporária da produção no Brasil desde 23 de março. Com isso, a receita encolheu 32%, para € 1,3 bilhão, resultado também impactado pelo câmbio devido ao enfraquecimento do real.

    Na América do Norte, embora o Ebit tenha sido positivo em € 548 milhões, a FCA viu as vendas caírem 16%, para 469 mil unidades, o que gerou receita de € 14,5 bilhões, queda de 9,4% sobre o resultado do primeiro trimestre de 2019. Nas regiões EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e APAC (Ásia-Pacífico, incluindo China) os volumes de vendas caíram 31% e 49%, respectivamente, diminuindo as receitas em ambas.

    “Em meio a essa adversidade sem precedentes, a primeira prioridade da FCA tem sido a saúde e a segurança de seus funcionários e comunidades. A pandemia teve e continua a ter um impacto significativo em nossas operações. Com nossa experiente equipe de liderança e funcionários dedicados, tenho a máxima confiança em nossa capacidade de navegar por essa crise e emergir do outro lado, bem posicionados para crescer”, afirmou Manley, CEO da FCA.



    A companhia já deu início à retomada de suas operações pelo mundo, começando pela joint venture na China, bem como na rede de concessionárias na Itália, onde reabriu em 27 de abril as portas da fábrica de Atessa, que produz veículos comerciais e opera atualmente com 70% de sua capacidade normal. Com isso, o grupo reafirma que a retomada da produção em outras regiões será gradual e alinhada à demanda do consumidor.

    Durante entrevista exclusiva na Live #ABX20 ao vivo de Automotive Business, o presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa confirmou que a FCA se preparou para retomar a partir deste mês a produção em suas fábricas no Brasil em Betim (Fiat), Goiana (Jeep) e em Córdoba, na Argentina, também de forma lenta e gradual, como nas demais fábricas de outras regiões.

    Reveja na íntegra a Live #ABX20 com Antonio Filosa (que foi ao ar em 22 de abril):