Venda de pneus para montadoras recua quase 30% em março

Acumulado do ano teve 13,3 milhões de unidades entregues ao mercado e queda próxima a 7%

Por REDAÇÃO AB
  • 24/04/2020 - 14:10
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    A venda total de pneus em março somou 4,47 milhões de unidades, anotando queda de 11,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A retração mensal foi puxada pelas montadoras, que compraram 29,6% a menos por causa da paralisação das fábricas em razão da pandemia de Covid-19. A queda no segmento de reposição foi bem menor, 4,8%.

    Os 13,3 milhões de pneus vendidos no acumulado do ano aprofundam a queda no setor, que já é de 6,8% ante o primeiro trimestre de 2019. Os números foram divulgados pela Anip, entidade que reúne fabricantes do setor.

    “Com o início das medidas de contenção ao contágio durante março o setor sofreu impacto significativo nas vendas às montadoras. O desempenho dos próximos meses dependerá do retorno das atividades das fabricantes e do mercado de forma geral”, afirma o presidente executivo da Anip, Klaus Curt.



    A QUEDA POR SEGMENTO


    A venda total de pneus de passeio no primeiro trimestre de 2020 somou 2,4 milhões de unidades, recuando 12,6% na comparação interanual. Os pneus de carga (para caminhões e ônibus) totalizaram 616,4 mil unidades, volume 7,1% menor que em iguais meses de 2019.

    A queda mais acentuada no trimestre, de 15%, ocorreu para o segmento de menor volume, os comerciais leves (542,2 mil pneus no período). Para as motos a Anip continua divulgando apenas as vendas para o mercado de reposição: 804,5 mil pneus e queda de 11,3%. É provável que as vendas para as montadoras tenham crescido em ritmo semelhante ao da indústria no período (7%).

    BALANÇA COMERCIAL REVELA SUPERÁVIT


    A balança comercial do setor de pneus registrou um superávit de US$ 45,1 milhões no trimestre, apesar da queda de 8,4% nas exportações e de 7,9% nas importações na comparação com igual período de 2019. Em unidades, no entanto, o País fechou o acumulado com -2,7 milhões de pneus a menos. O superávit só se mantém porque o Brasil exporta pneus com maior valor agregado.



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