Volkswagen retoma produção em São José dos Pinhais no dia 18

Produção do T-Cross terá ritmo mais lento. Volkswagen adotou medidas para garantir distanciamento entre funcionários

Por MÁRIO CURCIO, AB
  • 14/05/2020 - 18:47
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    A Volkswagen vai retomar a produção em São José dos Pinhais na segunda-feira, 18. O retorno ocorrerá de forma gradual, com a montagem apenas do utilitário esportivo T-Cross, em dois turnos em vez de três e em ritmo mais lento. As medidas servem para garantir o distanciamento entre funcionários, reduzindo a possibilidade de contágio pela Covid-19.

    O VW Fox, também montado no Paraná, não teve seu retorno definido. As outras três fábricas da Volkswagen (em São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté) tiveram a volta postergada para o fim do mês.

    O motivo alegado pela montadora foi a prorrogação da quarentena pelo governo do Estado de São Paulo. O retorno da produção no Paraná exigiu uma série de medidas.

    "Estamos levando as orientações aos nossos empregados de forma didática e por vídeos. Será uma experiência inédita para todos e o entendimento das regras será fundamental para nos acostumarmos a essa nova realidade", afirma o CEO e presidente da VW para a América Latina, Pablo Di Si.



    Todas as instalações receberam sinalização e orientações de segurança e higiene, como limitadores de distância nas portarias de entrada e coletoras de ponto, obrigação de usar máscaras, limpeza periódica das dependências da fábrica e escritórios, aumento do número de ônibus fretados para o transporte de funcionários, medição da temperatura do trabalhador antes de entrar nos fretados e na fábrica.

    As medidas também atingem o refeitório para evitar agrupamento de pessoas. A Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, criou uma espécie de cartilha com orientações para as montadoras que estão voltando a produzir.

    As mudanças adotadas pela Volkswagen cobrem mais de 80 itens. Há também três postos avançados de atendimento dentro da fábrica paranaense. Na unidade de São Bernardo do Campo serão seis, mais três em Taubaté e um em São Carlos.

    "O retorno é um sinal importante para nós, para a rede de concessionárias, fornecedores e a economia. No contexto da pandemia, porém, este é apenas o primeiro passo. É necessário em um momento adiante estimular a demanda do mercado interno, nos países para os quais exportamos nossos veículos e, assim, adequar os volumes de produção diante da demanda", conclui Di Si.