JBS inova no processamento de couro para o setor automotivo

Processo produtivo reduz o consumo de água e evita desperdícios, além de utilizar sistema de rastreamento

Por REDAÇÃO AB
  • 26/03/2019 - 19:34
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    Para atender ao setor automotivo de forma mais eficiente e sustentável, a JBS Couros desenvolveu um processo produtivo que reduz em 54,2% o consumo de água no processamento do couro, no qual é utilizado as partes da pele que são mais apropriadas por meio de um novo formato de recorte, diferente do que é feito tradicionalmente.

    “Aprimoramos a forma como o couro é processado para entregar um produto de melhor qualidade, ao mesmo tempo em que evitamos desperdícios e utilizamos menos produtos para o tratamento da matéria-prima”, explica o gerente de marketing e sustentabilidade da JBS Couros, Fernando Bellese.

    O novo processo foi patenteado pela empresa e chega ao mercado mundial sob a marca Kind Leather. Ele também reduz em 20% o consumo de energia e 65% as emissão de CO2 durante o transporte. Além disso, diminui o uso de produtos para acabamento, cerca de 28% a menos do que no processo tradicional, gerando menos resíduos de refila em linhas de corte, com 45% menos desperdício que os demais produtos disponíveis no mercado.

    “O trabalho de desenvolvimento foi orientado pela demanda e entendimento de futuros requisitos da sociedade e das indústrias consumidoras, como a automotiva”, acrescenta Bellese. “Com inovação e uso inteligente da matéria-prima e de recursos, chegamos a uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos relevantes em um produto que já representa alta durabilidade e que vem de origem orgânica”.

    Segundo a empresa, o Kind Leather passa a usar um programa de rastreabilidade completo, que reúne dados referentes a todas as etapas do processo produtivo do couro, desde a origem na fazenda até o produto final. O sistema monitora se as atividades dos mais de 80 mil fornecedores de gado no Brasil obedecem aos critérios socioambientais determinados pela política de compra responsável de matéria-prima da companhia. Ele abrange desde a atuação em áreas livres de desmatamento de florestas nativas, em terras indígenas, de conservação ambiental ou que estejam embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até o uso de mão de obra regular, excluindo a possibilidade de obter produtos a partir do trabalho infantil ou análoga ao escravo.