(04/10/2020) – A Mercedes-Benz inaugurou na última segunda-feira, 28 de setembro, na antiga unidade de São Bernardo do Campo (SP), a sua nova linha de produção 4.0 de chassis de ônibus. De acordo com a empresa, trata-se da linha mais moderna e conectada do Grupo Daimler para a produção de chassis de ônibus no mundo.
A inauguração fez parte das comemorações da Mercedes pelos 64 anos de atividade no país. A empresa iniciou suas operações em 1956, justamente na fábrica do ABC, nos primórdios da indústria automotiva brasileira.
“Essa inauguração reveste-se de caráter duplamente simbólico, pois esta nova linha de montagem é outro marco pioneiro da Mercedes no Brasil”, disse Karl Deppen, presidente da empresa no país e CEO na América Latina. “Ela é a primeira do segmento de ônibus na modalidade 4.0”.
A modernização da unidade consumiu investimentos de mais de R$ 100 milhões (incluídos no pacote de R$ 2,4 bilhões previstos para o período 2018-2022) e exigiu três anos de trabalho, incluindo o projeto de desenvolvimento.
Para não interromper a produção, a companhia valeu-se do uso abundante da tecnologia 3D e de simulação virtual. Contou ainda com a participação ativa dos trabalhadores na concepção do ambiente de trabalho, de modo a obter melhor ergonomia e segurança no dia a dia fabril.
A nova linha de ônibus concentra a montagem dos chassis, desde os micros aos pesados e articulados, até a logística de peças, num sistema moderno, integrado e inteligente de gerenciamento da produção.
Segundo Deppen, a nova sistemática é 12% mais produtiva na comparação com a linha anterior, e oferece 20% de ganhos logísticos, devido à redução de armazéns de peças de 8 para 2, ao aumento do percentual de entrega de peças diretas na linha de 20% para 45% e à redução do armazenamento de componentes de 7 para no máximo 5 dias.
O projeto faz parte do plano da Mercedes de migrar toda a produção de caminhões e ônibus no Brasil para a tecnologia 4.0, processo iniciado com a linha de caminhões 4.0 em 2018, seguida pela linha de cabinas em 2019.
Todas essas linhas são hoje dotadas de tecnologia digital, conectividade, dados na nuvem e internet das coisas, os elementos mais estratégicos e permanentes da Indústria 4.0. O próximo passo é tornar as linhas de agregados, como motores, câmbios e eixos, também 4.0.
