Exportações seguem ladeira abaixo apesar de dólar em alta
Vendas de veículos para outros países têm queda de 11,2% no 1º bimestre
O volume das exportações de veículos segue ladeira abaixo e registra mais uma queda neste início de ano, fazendo com que o setor não consiga aproveitar de forma significativa o dólar em alta.
O balanço da indústria divulgado pela Anfavea na sexta-feira, 6, mostra que nos dois primeiros meses de 2020 os embarques para outros mercados diminuíram 11,2% na comparação com igual período de 2019, com pouco mais de 58,2 mil unidades, entre leves e pesados. No ano passado, esse volume foi de 65,5 mil.
Apesar do volume exportado de fevereiro ter sido 83% maior que o de janeiro, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, indica que não se trata de um movimento de recuperação, uma vez que a base de comparação é muito baixa: em janeiro, as exportações somram apenas 20,5 mil veículos.
Segundo o executivo, apesar do resultado, há indicações de que o setor alcance o volume esperado para o ano, mas alerta que se a tendência de queda continuar, as exportações em valores podem ser ainda menores: no primeiro bimestre, os ganhos com as vendas ao exterior atingiram US$ 919 milhões, uma queda de 23,6% sobre mesmo período do ano passado.
A dificuldade ainda é resultado dos embarques menores para a Argentina, que segue enfrentando forte crise econômica; além disso, Moraes revela que os volumes de vendas também foram menores para México, Colômbia e Chile.
“Por enquanto, nenhum motivo para comemorar: apesar do dólar a R$ 4,50 não adianta exportar se o país comprador está em crise”, lamenta o presidente da Anfavea. |
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