• Carregando...
Klabin
Governador Carlos Massa Ratinho Júnior visita a fábrica da Klabin em Ortigueira.| Foto: Rodrigo Félix Leal/ANPr

A ampliação de uma das fábricas de papéis e embalagens da Klabin, a Puma II, em Ortigueira, deverá acelerar a contratação de trabalhadores neste fim de ano. De acordo com a empresa, serão chamados cerca de 1,5 mil funcionários, a maioria de construção civil, somente no decorrer de novembro e dezembro. Até o meio de 2020, estima a companhia paranaense, até 10 mil pessoas serão empregadas pelo projeto.

RECEBA as notícias de Paraná pelo whatsapp

Anunciada em abril, a expansão da Puma II é o maior investimento privado da história do estado. Para colocar em funcionamento o ousado plano, a gigante dos papéis e celuloses se comprometeu a desembolsar R$ 9 bilhões. Eles serão usados na instalação de dois maquinários capazes de produzir 920 mil toneladas anuais de papéis Kraftliner (usados principalmente na produção de caixas e embalagens).

A fase de planejamento e início da fundação da planta começou na virada do semestre deste ano. Apesar disso, as contratações só devem ganhar ritmo neste fim de ano. “Na medida em que o projeto sai do chão, dessa fase de fundação e escavações, a obra começa a acelerar em termos de [contratação] pessoal. É quando começamos a ter as instalações civis sendo feitas: colunas e vigas. Agora nossa demanda de mão de obra começa a subir bastante”, diz Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade, Projetos e Negócio de Celulose da empresa.

As contratações para a obra estão sendo feitas por empresas parceiras da Klabin, e exclusivamente via Agências do Trabalhador do Paraná – os serviços públicos estaduais de recolocação profissional. “[Neste primeiro momento estão contratando] Desde o pessoal de hotelaria, por conta dos trabalhadores que ficarão nos alojamentos, até médicos, pessoal de limpeza e conservação. Para a obra em si haverá emprego para trabalhadores vinculados à construção civil, como pedreiros, eletricistas e serventes e à indústria de montagem industrial, soldadores, montadores de tubos e estruturas metálicas, etc.”, diz Eder Colaço, chefe do Departamento do Trabalho e Estimulo à Geração de Renda da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho.

Razzolini aponta que empresas fornecedoras também estão movimentando o mercado de trabalho paranaense. “Eles já estão começando a produzir os equipamentos. Tem muita estrutura metálica feita em empresa de Curitiba, metalúrgica na Lapa, metalúrgica em Assaí”, aponta.

Segundo números da Klabin, 2,5 mil trabalhadores já estão empregados graças ao projeto. Até o fim de dezembro, a Puma II terá criado 4 mil vagas. “Em maio ou junho do ano que vem a gente deve atingir essa ordem de grandeza de 9 mil, 10 mil trabalhadores”, indica Razzolini. Esse número poderá ser ainda mais elevado. “Como é uma obra de R$ 9 bilhões e foi fatiada em várias empresas, o que acontecerá bastante é o trabalhador ser demitido de uma empresa e ser contratado por outra. Isso levará a uma movimentação de quase 30 mil postos”, indica Colaço, da Secretaria do Trabalho.

Como se candidatar a uma das vagas?

Tanto Klabin quanto governo do estado estão priorizando a mão de obra local, como uma forma de potencializar as economias da região. De acordo com o diretor da companhia, profissionais dos Campos Gerais são os mais procurados. “A gente olha os dois lados [custo e desenvolvimento regional]. Nós damos preferência e trabalhamos muito com a mão de obra local. Hoje, desses 2,5 mil trabalhadores que já estão cadastrados neste projeto, 60% são da região de Ortigueira, Telêmaco Borba e Embaú, municípios que estão há 30 quilômetros do projeto”, indica Razzolini.

Segundo a empresa, há um esforço inclusive para capacitação da mão de obra da região. “Estamos fazendo muito treinamento em Ortigueira. Treinamentos para captar mais mão de obra lá. Temos feito cursos básicos com apoio do Senais. Curso de ferramenteiro, pedreiro e carpinteiro...”, diz.

Apesar disso, Colaço indica haver espaço para interessados de outras regiões. “O cadastro [de candidatos a trabalhar na Puma II] tem que ser exclusivamente via Agência do Trabalhador”, ele ressalta. “Por mais que seja uma indústria lá em Ortigueira, o fato de ele [o interessado pela vaga] ir a uma agência da região dele já resolve, ele já concorre a essas vagas”, diz.

A fábrica terá sua primeira fase de implantação concluída em 2021.

Por que o Paraná tem tantas cidades? Ouça o podcast

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]