Abimaq diz não ter dado que indique desabastecimento por causa do coronavírus

Segundo presidente da associação, setor está tomando medidas preventivas para evitar eventuais riscos

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso, disse na quinta-feira, 27, que no setor de máquinas e equipamentos não há sequer um dado que indique que há ou haverá desabastecimento ou paralisação de produção por conta da epidemia de coronavírus.

Importação: contexto pode representar uma oportunidade para as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos (Foto: Portal Governo Brasil)
Importação: contexto pode representar uma oportunidade para as exportações
brasileiras de máquinas e equipamentos (Foto: Portao Governo Brasil)

"Não temos nenhum dado nem nas empresas, nem nas câmaras setoriais, que indique desabastecimento", disse. Mesmo porque, continuou o executivo, o que mais a indústria importa da China são componentes eletrônicos.

De acordo com Velloso, o que o setor está fazendo é tomar ações preventivas para evitar que em algum momento possa ocorrer algum eventual risco de se parar produção por falta de matérias-primas.

Neste sentido, segundo ele, as empresas já estão substituindo a China por outros fornecedores para o pouco de peças e componentes vindos da China.

Ao contrário, disse Velloso, o advento do coronavírus pode até representar uma oportunidade para as exportações brasileiras de máquinas e equipamentos, especialmente para países da América Latina que hoje importam da China.

"Exportamos 40% do nosso faturamento. Então não vamos ter de abrir mercado. Não quero dizer, com isso, que o coronavírus é bem vindo, longe disso", disse o presidente da Abimaq.

Para ele, o setor é como uma tartaruga e não reflete os movimentos imediatos das bolsas nem do câmbio. Isso porque da contratação de uma máquina até a sua entrega leva coisa de ano ou mais.

Sobre o câmbio, Velloso disse que o que mais o preocupa é a volatilidade. Porém, diz não ver o governo, que é liberal, interferindo no dólar.


Tópicos: