Vendas na Argentina podem ter nova alta em agosto

CEO da Volkswagen na América Latina Pablo Di Si analisa cenário e planos para o mercado local

Por SUELI REIS, AB
  • 26/08/2019 - 19:08
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    O programa de descontos para a compra de veículos lançado pelo governo na Argentina para incentivar o setor e as vendas internas pode inflamar as vendas de agosto. A análise é do presidente e CEO da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, ao avaliar o cenário atual daquele mercado.

    Segundo o executivo, as vendas do mês mostram uma boa reação, embora sejam reflexo do boom de vendas de julho impulsionadas pelo programa de incentivo. No mês passado, as vendas no atacado subiram 7% na comparação com junho graças à iniciativa que dá descontos aos clientes na compra de um zero quilômetro, efeito que deve ser repetir no fechamento de agosto.

    Apesar disso, o programa não será suficiente para salvar o ano no mercado argentino, cuja queda dos emplacamentos está acima dos 50%.

    Contudo, Di Si comemora o fato de que a Argentina é um forte polo exportador para a Volkswagen: 80% do que produz em sua fábrica localizada em Pacheco pé destinado à exportação. Atualmente, a unidade produz apenas a picape Amarok: em janeiro, deixou de produzir a perua Suran, no Brasil conhecida como Spacefox.

    A fábrica de Pacheco está passando por transformações: está recebendo investimento de US$ 650 milhões desde 2018 para a produção de um SUV a partir da plataforma MQB, a mesma utilizada para a fabricação de Polo e Virtus feitos no Brasil. O projeto Tarek, como tem sido chamado, deve entrar em linha ainda no fim deste ano, mas o lançamento está agendado apenas para o fim de 2020.

    Di Si comemora o fato de que assim como o Brasil, o mercado argentino virou a chave quando o assunto é preferência de modelo: atualmente quase 30% das vendas lá são de SUVs. Segundo ele, a decisão de produzir seu primeiro SUV na Argentina foi tomada há dois anos: na época, o anúncio do investimento para Pacheco foi feita pelo presidente global do Grupo VW, Herbert Diess.