Confiança da indústria de Minas tem recuperação

21 de novembro de 2019 às 0h13

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As expectativas dos empresários industriais estão em ascensão - Alisson J. Silva

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) permaneceu positivo em novembro, chegando a 62,6 pontos, recuperando a perda de 0,6 ponto no mês anterior, retomando a trajetória de crescimento em 2019. O resultado também foi o melhor para o mês em dez anos, com exceção do ano passado (63,3 pontos), quando o indicador foi impulsionado pelo efeito pós-eleitoral.

Desde outubro de 2018, o índice aponta empresários confiantes, com valores acima de 50 pontos – fronteira entre confiança e falta de confiança. Segundo a analista da gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, fatores como a melhora das perspectivas de crescimento econômico e a conjuntura nacional, com a recuperação gradual do mercado de trabalho, a inflação controlada e os juros mais baixos, vêm contribuindo com a recuperação da confiança dos industriais.

“É interessante observar que o índice geral aumentou tanto pela componente de condições atuais quanto pela de expectativas para os próximos seis meses. Além disso, os empresários estão mais confiantes com a economia brasileira, com a economia do Estado e com a própria empresa”, ressaltou.

Neste sentido, ela destacou que o componente de condições atuais apontou satisfação dos empresários pelo quinto mês consecutivo e, em novembro, atingiu 56,5 pontos. O índice foi 3,9 pontos maior do que em outubro e 4 pontos superior a novembro do ano passado.

Já o índice de expectativas atingiu 65,7 pontos – valor 2,6 pontos superior ao de outubro e o melhor para novembro em dez anos, atrás apenas de 2018 (69,1 pontos), quando as expectativas foram infladas após os resultados das eleições. “Naquela época, havia uma euforia muito grande quanto às mudanças políticas no Brasil e no Estado, a partir das eleições de Jair Bolsonaro e Romeu Zema, respectivamente”, disse.

Segmentos – De acordo com o levantamento da Fiemg, neste mês, as empresas de médio porte foram as que demonstraram maior satisfação dos empresários, com 63,8 pontos. As de grande porte registraram 63,2 pontos e as pequenas, 60,3 pontos. Dentre as condições atuais, mais uma vez o destaque ficou por conta das médias empresas (58,6 pontos).

Entre os subitens, a situação da economia brasileira se destacou com 57,4 pontos, seguida pela situação da própria empresa com 56,8 pontos e a economia do Estado com 53,7 pontos.

Quanto às expectativas para os próximos seis meses, que também se mostraram positivas em novembro, mais uma vez as empresas de médio porte se destacaram com 66,4 pontos. As de grande porte registraram 66,3 pontos e as de pequeno obtiveram 63,7 pontos.

Vale destacar que a perspectiva em relação à própria empresa atingiu 67,4 pontos, enquanto a percepção futura da economia brasileira chegou a 63,7 pontos e da economia mineira 60,8 pontos. “De maneira geral, o índice mostrou que os empresários estão satisfeitos com as condições atuais de negócios e otimistas com os próximos meses”, finalizou Daniela Muniz.

“Humor” no País também melhora em novembro

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) aumentou 3,2 pontos frente a outubro e alcançou 62,5 pontos em novembro. Com isso, o indicador está 7,9 pontos acima da média histórica, que é de 54,6 pontos, informou a pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores do Icei variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.

“O aumento da confiança estimula a recuperação da economia brasileira à medida que impulsiona o aumento da produção e a retomada do investimento”, avalia a CNI.

O estudo destaca que o Índice de Condições Atuais, um dos componentes do Icei, alcançou 56,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2010. O índice está 3,6 pontos acima do registrado em novembro de 2018. O Índice de Expectativas, por sua vez, subiu para 65,6 pontos neste mês e está 2,9 pontos abaixo do verificado em novembro do ano passado.

“A elevada confiança está baseada tanto no sentimento de melhora da situação corrente como nas expectativas para os próximos seis meses. Em novembro de 2018, a percepção de melhora das condições correntes ainda era incipiente e a confiança se baseava nas expectativas positivas impulsionadas pela eleição de um novo governo”, observa a CNI.

“Os empresários já estão vendo melhora em sua empresa e na economia como um todo. Há o sentimento de que as expectativas otimistas estão se materializando”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

A confiança melhorou em todas as regiões do País e é maior no Centro-Oeste, onde alcançou 63,8 pontos. Em seguida, aparece o Sul, com 63,4 pontos. No Norte, foi de 63,2 pontos, no Sudeste, ficou em 61,9 pontos e, no Nordeste, em 61,5 pontos.

De acordo com a pesquisa, a confiança é maior nas médias e grandes empresas; em ambos os segmentos o Icei alcançou 62,8 pontos neste mês. Nas pequenas, o indicador ficou em 61,5 pontos.

Esta edição do Icei foi medida entre 1º e 12 de novembro, com 2.445 empresas. Dessas, 954 são pequenas, 898 são médias e 593 são de grande porte. (Da Redação)

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