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FGV: confiança da indústria fica estável em 95,6 pontos em setembro ante agosto

A confiança da indústria ficou estável em setembro na comparação com agosto, em 95,6 pontos, informou nesta quinta-feira (26) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Dessa forma, a média do terceiro trimestre se encerra 1,6 ponto abaixo da média do segundo trimestre, em 95,3 pontos.

Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 0,3 ponto, para 95,9 pontos, o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 0,5 ponto, para 95,2 pontos. Em médias móveis trimestrais, contudo, o ISA apresentou queda (-0,2 ponto) pela quinta vez consecutiva. Já o IE apresentou alta de 0,1 ponto, interrompendo a sequência de cinco quedas.

Em setembro, a melhora na percepção sobre a situação atual dos negócios foi a principal contribuição favorável ao resultado do ISA, que contou ainda com avaliações mais positivas sobre a demanda e negativas sobre o estoque. Apesar do aumento do porcentual de empresas que consideram a situação dos negócios fraca, de 22,6% para 23,4%, a proporção de companhias que a consideram boa aumentou de 14% para 16,6%. Dessa forma, o indicador apresentou a segunda alta consecutiva, passando de 94,6 pontos em agosto para 95,3 pontos em setembro.

Em relação ao IE, houve piora nas expectativas para os próximos meses, impulsionada principalmente pelo recuo de 1,5 ponto do indicador de produção prevista, que agora se encontra abaixo dos cem pontos (99,1 pontos). No mesmo sentido, o indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes caiu novamente, para 94,3 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (93,9 pontos).

Segundo Renata Mello, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a estabilidade da confiança em setembro indica que o setor continuou andando de lado no terceiro trimestre.

“Do mesmo modo, a queda dos indicadores que refletem as expectativas em relação à evolução da produção nos três meses seguintes e a evolução dos negócios nos seis meses seguintes sugerem que uma recuperação mais consistente da indústria de transformação deve ficar para o próximo ano. A boa notícia fica a cargo do indicador de emprego previsto, que subiu novamente, apontando que menos empresas estão prevendo redução de pessoal ocupado”, estima Renata.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,3 ponto porcentual em setembro, voltando para 75,5%, o mesmo nível observado em julho. Em médias móveis trimestrais, o Nuci avançou pela sexta vez consecutiva, dessa vez em 0,2 ponto, para 75,6%.

A edição de setembro da Sondagem da Indústria da FGV coletou informações de 1.143 empresas entre os dias 1º e 23 deste mês. A próxima divulgação será dia 29 de outubro, sendo que a prévia será divulgada no dia 22.

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