Queda na demanda e paralisação alimentam pessimismo do empresariado
| Foto: Juan Mabromata/AFP

Empresas de diferentes setores definem como negativo ou muito negativo os reflexos da pandemia conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. O percentual de empresários com essa percepção chegou a 94,3% entre as empresas do setor da construção, sendo seguidos por serviços (91,7%), principalmente os segmentos de alojamento, serviços de transporte rodoviário e obras de acabamento, entre os quais mais de 75% consideraram que foram afetadas muito negativamente. Os dois principais motivos apontados para o pessimismo foram: redução da demanda e paralisação parcial ou total por questões de saúde. Sobre recuperação após a quarentena, cerca de 70% das companhias consultadas concentra suas expectativas no período entre 4 e 6 meses. Em todos os setores, a maior parte das empresas projeta que o coronavírus impactará suas atividades no 2º e no 3º trimestre de 2020. Entre os consumidores, 79% declararam estar comprando apenas produtos essenciais. Sobre a retomada da economia, a percepção da maioria (67,8%) é de que o cenário só voltará ao normal após seis meses – análise parecida com a dos economistas, que apontam para uma recuperação lenta e gradual, como já vinha acontecendo.