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Na noite de entrega do Mérito RS Óleo & Gás, a associação promoveu duas palestras para discutir o futuro e as possibilidades de financiamento e investimento tanto no mercado gaúcho quanto nacional e internacional – iniciativa do GT de Inovação, coordenado por André Casagrande e Estevão Leuck. Foi o primeiro Workshop de Oportunidades de 2016, realizado em parceria com o SEBRAE/RS. O primeiro convidado expôs as fontes de financiamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o seguinte destacou os programas do Sebrae focados em energia renovável.
O economista da Agência RS do BRDE, Ricardo Silveira de Faria, apresentou as linhas de financiamento a longo prazo do banco. Com a finalidade de obras civis e instalações, o BNDES Automático é uma das possibilidades para financiamento de até R$ 20 milhões. Nesse caso, é preciso tratar com um agente de repasse, como o BRDE, e não diretamente com o BNDES. Para micro, pequenas e médias empresas, o capital de giro associado pode ser de até 40%, enquanto para as médias-grandes e grandes empresas, é de até 15%. A participação do valor financiado pode chegar até 90%, com aumento do custo financeiro sobre a parcela adicional.
Já o BNDES Finame, também apresentado por Faria, tem como foco investimentos pontuais em equipamento, como bens de informática e automação, máquinas e aeronaves comerciais. Com prazo de 5 anos de pagamento, a carência varia de um a dois anos. A linha tem encargos adicionais a taxa de juros de longo prazo de 5,6% a.a. para micro, pequenas e médias empresas, e de 6,0% a.a. para médias-grandes e grandes.
O grande destaque da apresentação foi o Inovacred. Com o objetivo de financiar inovação, o programa é exclusivo para micro, pequenas e médias empresas.
– Geralmente empresas com cunho inovador têm problema de bens para dar em garantia. No BRDE Inova, temos como flexibilizar a garantia para empresas associadas da RS Óleo, Gás & Energia – ressaltou o economista.
Para buscar o financiamento, a empresa deve apresentar um projeto de caráter inovador. A proposta passa por uma equipe de análise – localizada em Porto Alegre, que avalia se o projeto é passível de acesso à linha de financiamento. Os elementos analisados são: risco, abrangência e intensidade, barreiras, conhecimento envolvido, externalidades e impactos e aderência ao negócio. Podem ser apoiáveis as inovações de produto, processo, marketing e organizacional.
O programa Inovacred tem financiamento mínimo de R$ 150 mil e máximo de R$ 3 milhões para micro e pequena empresa, e R$ 10 milhões para média. O prazo de pagamento é de oito anos, com dois anos de carência inclusos. O programa apresenta apenas a taxa de juros de longo prazo para micro e pequenas empresas, e um adicional de 1% a.a. para médias. A participação do financiamento é de 80% para médias, e 90% para micro e pequenas.
Na segunda palestra da noite, foi a vez do Sebrae mostrar as oportunidades do mercado de energia renovável. A expectativa é que o setor de energia solar fotovoltaica represente aproximadamente 4% da matriz energética brasileiro até 2024. Para 2016, estão previstos três leilões de transmissão com estimativa de recursos de mais de R$ 12 bilhões em empreendimentos nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Diante desse cenário, o gestor de projetos Cleverton Paranhos apresentou os dois principais programas da área: Energia Mais e Qualimundi.
Com foco no mercado nacional, o Programa Energia Mais tem como objetivo ampliar as oportunidades de negócio para as pequenas empresas da região metropolitana. Até dezembro de 2017, o programa pretende aumentar em 5% o índice de competitividade e expandir sua carteira de cliente ativos em 5%. As etapas do programa se dividem em seleção das empresas, diagnóstico de curto e médio prazo, ações de qualificação para atuação no mercado, comportamento empreendedor e atuação nos mercados ativos.
Já o Programa Qualimundi se concentra no mercado internacional. Com a finalidade de promover a internacionalização dos pequenos negócios da região metropolitana de Porto Alegre e desenvolver competitividade, o programa espera inserir 18 empresas participantes no mercado internacional. Além disso, o Qualimundi almeja assegurar que 40% dos negócios participantes identifiquem novos mercados. O investimento para participar do programa é de R$ 2.300.
Por República - Agência de Conteúdo