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Consumo de bens industriais no País cai 0,9% em fevereiro, diz Ipea

A demanda por bens industrializados caiu em fevereiro, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais recuou 0,9% em relação a janeiro, informou nesta quinta-feira, 11, o instituto.

Em janeiro, o indicador já havia recuado 1,1% ante dezembro de 2018. O indicador considera a produção industrial brasileira, excluídas as exportações e acrescidas as importações.

Na comparação com fevereiro de 2018, o indicador permaneceu estável. Em nota, o Ipea destacou que esse desempenho foi pior do que a alta de 1,9% da produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na comparação de fevereiro com igual mês de 2018.

Na variação acumulada em 12 meses, a demanda desacelerou em relação a janeiro, mas segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (1,8%) que o apresentado pela produção industrial (0,5%).

A queda na demanda foi puxada por um tombo nas importações. Segundo o Ipea, as importações de bens industriais tiveram queda de 14,2% em fevereiro frente a janeiro, enquanto a produção interna líquida das exportações cresceu 1% no período.

“O resultado obtido em fevereiro refletiu a fraca evolução do segmento extrativo mineral (queda de 19,4%), negativamente influenciado pelo desastre ocorrido na barragem de Brumadinho (MG)”, diz a nota do Ipea.

Por sua vez, a demanda por bens da indústria de transformação avançou 0,6% sobre o mês de janeiro. Dos 22 segmentos desta indústria, nove tiveram desempenho positivo em fevereiro – entre os mais relevantes, estão a metalurgia (crescimento de 9,7%) e o consumo aparente de veículos (alta de 5,3%). Entre as grandes categorias econômicas, o único recuo ante janeiro foi registrado nos bens intermediários – queda de 1,8%.

Por sua vez, o consumo aparente de bens de consumo duráveis cresceu 5,7%.

Já na comparação com fevereiro de 2018, 14 segmentos avançaram, com destaque para veículos (17,6%) e máquinas e equipamentos (10,4%). A maior oscilação negativa veio do segmento outros equipamentos de transporte, que caiu 38,6%, informou o Ipea.

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