Produção de veículos tem o pior janeiro desde 2017

Com exportações em baixa, volume saído das fábricas encolheu 3,9% no primeiro mês do ano

Por GIOVANNA RIATO, AB
  • 06/02/2020 - 16:24
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    O ano começou negativo para a produção de veículos. Em janeiro foram fabricados no Brasil 191,3 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume 3,9% inferior ao do mesmo mês de 2019. O resultado foi divulgado pela Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil.

    A entidade confirma que este é o pior resultado para janeiro desde 2017, quando a indústria automotiva nacional ainda iniciava a sua jornada de recuperação da pior crise da sua história. Na comparação com o resultado de dezembro de 2019, no entanto, o resultado é positivo em 12,2%, já que o último mês do ano é tipicamente um período de desaceleração e férias coletivas nas fábricas automotivas.

    “Este ano começamos com um resultado melhor para o segmento de caminhões”, conta Luiz Carlos Moraes, presidente da organização.

    Enquanto a produção de veículos leves encolheu 4%, para 182,7 mil unidades, a de caminhões avançou 5,3% e somou 7,1 mil veículos. Já o segmento de ônibus teve contração mais severa, de 25,1%, para 1,4 mil chassis.

    Moraes espera que a indústria automotiva compense nos próximos meses a queda registrada em janeiro e alcance resultado positivo em 2020. A Anfavea projeta que a produção acelere 7,3% na comparação com 2019 e some 3,16 milhões de veículos até o fim do ano.

    EXPORTAÇÕES PUXAM RESULTADO PARA BAIXO


    Pela análise da Anfavea, há boas condições para o crescimento. “Estamos com os estoques em níveis normais”, lembra, citando os 273,5 mil veículos armazenados entre os pátios das fábricas e a rede de concessionárias, o que equivale a 43 dias de vendas.

    O principal obstáculo à expansão da produção está nas exportações, que largaram 2020 em queda de 20% na comparação com janeiro do ano passado e, portanto, contribuíram para o resultado negativo. Já para o mercado interno, a entidade sustenta expectativa positiva para o mercado interno, com crescimento previsto de 9,4% para 2020, alcançando a marca de 3,05 milhões de unidades.



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