Volkswagen se prepara para retomar a produção global

Unidades na Europa reiniciam operações na próxima semana; no Brasil a retomada será em maio

Por REDAÇÃO AB
  • 16/04/2020 - 18:58
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    A Volkswagen está se preparando para retomar a produção de suas fábricas em todo o mundo. Em comunicado divulgado na quinta-feira, 16, a companhia detalha o plano de volta das operações, que será gradativa a partir da próxima semana.


    As primeiras a voltar a funcionar serão as unidades da Eslováquia, em Zwickau e Bratislava na semana de 20 de abril. Na semana posterior, demais fábricas na Alemanha, Portugal, Espanha, Rússia e Estados Unidos reabrem as portas.

    Na América Latina, incluindo as fábricas do Brasil, Argentina e México, e também na África do Sul a retomada será em maio.

    “Com as decisões dos governos federal e estaduais na Alemanha e o relaxamento das restrições em outros estados europeus, foram estabelecidas condições para a retomada gradual da produção. A Volkswagen se preparou intensivamente para essas etapas nas últimas três semanas. Além de desenvolver um catálogo abrangente de medidas para a proteção da saúde de nossos empregados, também avançamos com o restabelecimento de nossas cadeias de suprimentos”, declarou em nota o COO da VW, Ralf Brandstätter.



    Segundo a empresa, a produção será retomada de acordo com algumas diretrizes, como a disponibilidade atual de peças, os requisitos governamentais na Alemanha e na Europa, a demanda dos mercados e os modos de operação resultantes das plantas. Independentemente destas evoluções, a empresa seguirá cumprindo rigorosamente as medidas de proteção da saúde dos empregados em todas as fábricas.

    “Nunca vivenciamos uma situação como essa antes. No entanto, sei que nossos colegas estão motivados para começar a trabalhar novamente. À luz da pandemia, precisamos adaptar nossas rotinas. Nunca desenvolvemos, produzimos e vendemos veículos nessas condições antes. É por isso que espero que nossos gestores garantam que os empregados estejam completamente familiarizados com os novos procedimentos. Reservar um tempo para responder a perguntas é mais importante agora do que os números diários de produção”, disse Bernd Osterloh, presidente do conselho.

    No Brasil, o presidente da Volkswagen, Pablo Di Si, disse em entrevista exclusiva à Automotive Business que a retomada será lenta e que a empresa seguirá adotando todas as novas regras de adaptação das linhas de montagem para a convivência entre os funcionários da produção. O número de empregados também será reduzido: as fábricas vão começar a operar unicamente em um turno.

    “Também não vamos voltar produzindo o volume que tínhamos em fevereiro”, diz. Segundo ele, o foco imediato será evitar a formação de estoques elevados, algo arriscado para a saúde financeira de qualquer organização. “Vamos acompanhar a retomada da demanda”, disse Pablo Di Si, presidente e CEO da VW no Brasil e América do Sul.



    Na Europa, as fábricas da divisão de peças e componentes (Volkswagen Group Components) já haviam começado a retomar a produção gradualmente desde o dia 6 deste mês em Brunswick e Kassel, seguida pelas unidades de componentes em Salzgitter, Chemnitz e Hannover, além das fábricas polonesas, desde o dia 14 de abril, para garantir suprimentos de componentes para produção de veículos na China.

    “A reabertura gradual de nossas plantas foi importante para abastecer de suprimentos os locais no exterior. Agora precisamos reiniciar toda a rede de produção enquanto tomamos medidas de proteção abrangentes e fornecer componentes a todas as fábricas de veículos das várias marcas. Os mesmos requisitos elevados para a proteção da saúde de nossos funcionários se aplicam a todas as nossas plantas”, reforçou Thomas Schmall, CEO da Volkswagen Group Components.

    Na retomada da produção, a empresa também pode recorrer à experiência adquirida com o aumento da produção em suas fábricas na China, onde um grande número de medidas consistentes de proteção à saúde foi implementado com sucesso. Até agora, 32 das 33 fábricas na China retornaram à produção. Não foram relatados casos de coronavírus entre os funcionários de lá.