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Lojistas pedem isenção de aluguel e condomínio em shopping após quarentena

Associações defendem isenção mínima para o período de readequação

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São Paulo

Lojistas de shoppings estão solicitando a renegociação de pagamento de custos como aluguel e condomínio durante o período de readequação pós-quarentena do coronavírus.

Em carta enviada à Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), duas entidades pedem a isenção do aluguel mínimo no período posterior ao fim do isolamento.

Assinado por Ablos (Associação dos Lojistas Satélite) e Asbraf (Associação Brasileira de Franqueados), que não representam os grandes varejistas, o documento pede início do debate sobre como será a reabertura dos estabelecimentos, ainda sem data prevista.

Fachada do shopping Iguatemi, nos arredores da Avenida Faria Lima
Fachada do shopping Iguatemi, nos arredores da Avenida Faria Lima - Gabriel Cabral/Folhapress

Elas também propõem que os shoppings abram de segunda a quarta-feira, das 12h às 20h, de quinta à sabado, das 12às 22h, e nos domingos, das 14h às 20h.

Temerárias de um consumo reduzido após o isolamento —que tem sido previsto por alguns economistas—, as organizações pedem estipulação de custo total de ocupação (que é aluguel, condomínio e fundo de promoção —destinado à publicidade) em percentual sobre o faturamento.

"Esse percentual pode ser negociado de acordo com a atividade de cada lojista. Pode ser um percentual de 7% das vendas, por exemplo. Mas uma agência de viagens, que não vai vender nada, pode pagar menos; já a alimentação, provavelmente pagará um percentual maior", sugere Tito Bessa Jr., presidente da Ablos, que reúne cerca de cem lojas.

Segundo ele, o aluguel representa de 50% a 60% dos custos de lojistas satélite no país. As lojas âncora, maiores em espaço, como as grandes varejistas, pagam o percentual sobre suas vendas no aluguel.

No final de semana, a Abrasce já estava circulando uma carta para shoppings com recomendações para o o momento de reabetura, conforme informou a coluna Painel S.A.

A cartilha tem orientações de protocolos sanitários e de comunicação a serem adotados com base em outros países que reabriram os estabelecimentos comerciais.

Entre as recomendações, também há aspectos econômicos, como a orientação a se ter "uma resposta clara" a lojistas que demandarem isenção ou postergação de aluguel e encerramento de contratos de aluguel.

"Atenção a organização de documentos, notas fiscais, comprovantes de pagamentos e memória de cálculo de rateio, tanto do condomínio como do fundo de promoção", diz um trecho da cartilha.

Aos shoppings, a Abrasce sugere que verifiquem a apólice de seguro para conferir se há cobertura de eventuais prejuízos no caso de pandemias.

A partir do comportamento na China, a associação destaca que a abetura parcial de shoppings pode durar de quatro a oito semanas.

"Segundo os shoppings pesquisados na Ásia, a maioria das operações pode voltar a funcionar, com exceção dos cinemas, entretenimento e atividades para crianças", diz o texto assinado pelo presidente da Abrasce, Glauco Humai.

A Abrasce ainda não se posicionou sobre a possibilidade de renegociação de aluguel com lojistas.

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