Déficit na balança de autopeças recua 2,6% no primeiro bimestre
Números do setor no período ainda não refletiam reais impactos do coronavírus
O déficit na balança comercial de autopeças somou neste primeiro bimestre US$ 610 milhões, valor 2,6% mais baixo que o anotado no mesmo período do ano passado. Nos dois primeiros meses do ano o País exportou US$ 1,05 bilhão, 6,7% a menos que em iguais meses de 2019. Segundo o Sindipeças, entidade que reúne os fabricantes, os números até fevereiro ainda não refletiam os impactos do coronavírus nos embarques.
As importações somaram US$ 1,66 bilhão, recuando 5,2% ante o primeiro bimestre do ano passado. O resultado reflete a desaceleração do comércio mundial e também o que ocorreu com as fabricantes locais de veículos no primeiro bimestre, cuja produção caiu 13,4%.
A Argentina esboçou leve reação no primeiro bimestre, antes do impacto da Covid-19, e comprou do Brasil US$ 229,7 milhões em autopeças, 2,6% a mais que em iguais meses do ano passado, mas vale lembrar que a base de comparação é baixa.
IMPORTAÇÕES DA CHINA RECUAM 3,7% |
A China permanece na liderança como maior fornecedor do Brasil, respondendo por 17,8% das autopeças trazidas do exterior. De lá vieram US$ 296 milhões em componentes, 3,7% a menos que em iguais meses de 2019. A Alemanha continua na vice-liderança. Forneceu no período US$ 199 milhões em componentes e anotou importante alta de 20,2%. Sua fatia é de 12% nas compras realizadas pelo Brasil.
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