Por Juliana Munaro


Jovens criam sensor que avisa quando máquinas industriais podem ter uma pane

Jovens criam sensor que avisa quando máquinas industriais podem ter uma pane

Um sensor que avisa quando máquinas precisam de manutenção antes de quebrarem é uma solução tecnológica para pequenas e médias indústrias. A ideia foi desenvolvida por dois jovens donos de uma startup em São Paulo.

Igor Marinelli tem 23 anos e Gabriel Lameirinha tem 22. Eles se conheceram na faculdade de engenharia de computação. Há um ano, investiram R$ 40 mil para criar uma startup e desenvolveram um sensor que avisa a indústria quando uma máquina vai quebrar.

“Colado em máquinas de industrias, ele detecta vibração e temperatura e, com isso, consegue detectar uma série de anomalias e antecipar queda, para o profissional corrigir antes que seja tarde demais”, explica Igor.

A ideia do equipamento foi do Igor, que hoje passa uma temporada na Polônia. “Meu pai foi gestor de manutenção e ele chegava em casa às oito da manhã, comendo algo, e voltando rapidamente pra fábrica. Sempre tive ideia de fazer algo que melhorasse a vida do gestor de manutenção dentro da indústria”, conta.

O sensor é instalado nos equipamentos e conectado à internet. Com ajuda de inteligência artificial, a plataforma desenvolvida pelos sócios analisa os dados enviados pelo sensor e avisa quando a máquina dá sinais de que precisa de manutenção.

Uma central de tratamento de resíduos no Espirito Santo instalou há três meses quatro sensores em uma prensa.

“Você só monitora a variação de temperatura, cria rotina de trabalho e quando tem variação significa que algo aconteceu. É como o batimento cardíaco, aumentou tem algo acontecendo, aí você é alertado e, na maioria das vezes, age preventivamente”, relata Ronan Agostini, gerente de operações da empresa.

A startup já recebeu mais R$ 50 mil de investidor anjo e tem 70 sensores colocados em 12 indústrias. O cliente paga uma mensalidade de R$ 300 se instalar um sensor. O valor cai para R$ 150 a unidade, se for mais de um sensor.

“Estamos focados em pequenas e médias indústrias, que representam 90% dos estabelecimentos. Queremos levar o privilégio de manutenção de grandes indústrias”, afirma Igor.

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