Por G1


O número de consumidores com contas em atraso cresceu 1,58% em outubro, na comparação com igual período do ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (14) pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O levantamento mostra também que o aumento da inadimplência foi mais expressivo entre a população com idade mais avançada. O crescimento de 7,1% na faixa de 64 a 84 anos, e de 4,1% entre a população de 50 e 64 anos.

Já entre os consumidores mais jovens, caiu o número de consumidores com dívidas atrasadas. A retração mais acentuada foi verificada na faixa de 18 a 24 anos, com uma diminuição de 21,6% em outubro na comparação com igual mês de 2018. Também houve recuo da inadimplência nas faixas de 25 a 29 anos (-9,9%) e de 30 a 39 anos (-1,5%).

A pesquisa mostra também que a maior parte das dívidas (53%) em aberto no país está ligada a instituições financeiras. O comércio responde por uma fatia de 17%, seguido pelo setor de comunicação (12%) e pelas contas de água e luz (10%).

“As dívidas com instituições financeiras são as que têm os juros mais caros do mercado em casos de atraso. E a falta de pagamento desse tipo de dívida pode transformar valores pequenos em cifras praticamente impagáveis, sobretudo por superarem, em muitos casos, a renda do consumidor”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Segundo o levantamento, a média do valor devido pelos inadimplentes é de R$ 3.254,78, sendo que pouco mais da metade (53,1%) têm dívidas de até R$ 1.000.

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