Paralisações no setor de duas rodas atingirão 13 mil funcionários em Manaus

Fábrica da BMW de Manaus emprega cerca de 200 pessoas. Vai parar de 30 de março até 23 de abril

Por MÁRIO CURCIO, AB
  • 25/03/2020 - 14:25
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    As paralisações no setor de duas rodas em Manaus (AM) devem atingir 13 mil trabalhadores das fábricas de motos e bicicletas em razão da pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus. As fábricas instaladas no Amazonas respondem por 98% das motos e 40% das bicicletas vendidas no País.

    Segundo a Abraciclo, entidade que reúne empresas do setor, algumas associadas comunicaram paralisações até o dia 23 de abril. Na terça-feira, 24, BMW, Honda e Yamaha definiram suas paradas. A Honda, com 7 mil funcionários e quase 80% do mercado, interrompe a produção a partir de 27 de março. Além da preservação dos funcionários, a Abraciclo recorda que a medida ajudará a conter um aumento repentino dos estoques por causa da fraca demanda.

    Já na quarta-feira, 25, a Harley-Davidson informou que também vai suspender temporariamente a produção de sua fábrica de Manaus a partir do dia 30 de março e assim deve permanecer até o dia 12 de abril. A medida afeta cerca de 124 pessoas, entre trabalhadores diretos, indiretos e prestadores de serviços da unidade. Em seu escritório de São Paulo a empresa colocou todos os seus funcionários em trabalho remoto (home office) incluindo as áreas de vendas, desenvolvimento de rede, pós-venda, logística, marketing, relações públicas, financeiro, TI, serviços financeiros da marca, além do SAC e a própria administração.

    A Abraciclo reúne 14 associadas. Dez produzem motos: BMW, Dafra, Ducati, Harley-Davidson, Honda, JTZ, Kawasaki, Suzuki, Triumph e Yamaha. As outras quatro fabricam bicicletas: Caloi, Houston, Oggi e Sense. Em 2019 elas montaram em Manaus 1,1 milhão de motos e 900 mil bikes.