Faturamento do Grupo Renault recua 5% até setembro
Volume de vendas diminui 6% no acumulado de nove meses
Enquanto a divisão automotiva registrou faturamento 6,7% abaixo do apurado há um ano, para € 36,9 bilhões (resultado não considera a AvtoVaz), a divisão financeira (Banco RCI) viu seus ganhos aumentarem 5,5% no período, para € 2,54 bi. A AvtoVaz, por sua vez, encerrou os nove meses completos do ano com € 2,34 bilhões, 11,6% acima do resultado de mesmo período do ano passado.
A companhia que reúne as marcas Renault, Dacia, AvtoVaz e Lada, verificou volumes de vendas menores em todas as regiões globais. A pior queda foi registrada na região que compreende África, Oriente Médio, Índia e Pacífico, onde as vendas tiveram queda de 25,5%.
Na Europa, o volume foi apenas 1% abaixo do mesmo acumulado do ano passado, puxado pela queda de 2,9% na França. Esta queda, segundo a Renault, se explica parcialmente por uma base de comparação elevada, quando as vendas dos consumidores foram antecipadas, gerando altos volumes de vendas antes setembro de 2018, quando entrou em vigor o novo ciclo WLTP para carros de passeio. Também se deve as perdas nas vendas com a disponibilidade gradual do novo Clio na Europa. Na região da Eurásia, as vendas diminuíram 2,9%.
Nas Américas, os negócios caíram 2,9% no acumulado até setembro, com a venda de 315,2 mil unidades. A empresa destaca que no terceiro trimestre, a participação de mercado avançou 0,2 ponto na região e no Brasil, os volumes cresceram 5,6%, pouco compensando a queda de 37,7% dos volumes na Argentina no mesmo período.
Na China, os volumes do grupo foram 21,3% menores em um ano no maior mercado global do mundo e que continua em queda.
REVISÃO DAS PERSPECTIVAS 2019 |
Ao divulgar seu balanço, o Grupo Renault revisou suas projeções para o ano nas principais regiões onde atua. Para a companhia, o mercado global de veículos deve ter uma queda na ordem de 4% com relação a 2018 – sua previsão anterior apontava queda de 3%.
Para a Europa, o grupo agora espera um resultado entre crescimento zero e queda de 1% contra a previsão anterior de um mercado estável. Na Rússia, a companhia também piorou sua análise, passando de uma queda de 2% para 3% neste ano.
O único alento do grupo deve ser o mercado brasileiro, onde a Renault acredita que as vendas totais de veículos devam crescer em torno de 7%, embora este resultado seja pior do que a previsão anterior, que esperava aumento das vendas totais em 8%.