Por Valor Online


Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (15), com dados positivos nos Estados Unidos e na China alimentando a esperança de recuperação da demanda global pela commodity, apesar de uma revisão para baixo da projeção de demanda global da Agência Internacional de Energia (AIE).

O contrato do petróleo Brent para novembro fechou em alta de 2,32%, a US$ 40,53 por barril na ICE, em Londres, enquanto o contrato do WTI para outubro avançou 2,73%, a US$ 38,28 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

Campo de exploração de petróleo no RN — Foto: Getúlio Moura/Petrobras/Divulgação

O índice Empire State de atividade industrial do Federal Reserve de Nova York deu um salto de 13,3 pontos em setembro, subindo para 17 pontos. O dado reverte uma queda de 14 pontos vista no mês anterior e deixa para trás a expectativa de consenso, de leitura a 6 pontos, de acordo com dados colhidos pela Econoday.

Na China, dados econômicos divulgados na madrugada de hoje indicam que a recuperação da segunda maior economia global continuou acelerando em agosto. As vendas no varejo do país voltaram aos níveis pré-pandemia, subindo 0,5%, na comparação com agosto do ano passado. A produção industrial chinesa, por sua vez, subiu 5,6% na comparação anual, superando as já elevadas expectativas de consenso.

"As esperanças de uma vacina e a demanda das refinarias em níveis quase recordes na China mais uma vez estão dando esperanças ao mercado de que a demanda por petróleo não será tão ruim quanto temíamos", disse Phil Flynn, da Price Futures, à Dow Jones Newswires. "Tecnicamente, parece que o petróleo pode ter atingido uma mínima de curto prazo."

O otimismo com os dados compensa o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que informou, mais cedo, que cortou sua previsão para o crescimento da demanda de petróleo em 2020. A entidade menciona um caminho "traiçoeiro" à frente, em meio ao enfraquecimento do sentimento do mercado e um aumento no número de casos de covid-19 relatados em todo o mundo.

Em seu relatório mensal, a AIE reduziu sua perspectiva de crescimento da demanda mundial de petróleo para 91,7 milhões de barris por dia (bpd). Isso representa uma contração de 8,4 milhões de bpd ano a ano, mais do que a contração de 8,1 milhões de bpd prevista no relatório de agosto.

“Esperamos que a recuperação da demanda por petróleo desacelere acentuadamente no segundo semestre de 2020, com a maioria dos ganhos já alcançados”, disse a AIE. “A desaceleração econômica levará meses para se reverter completamente, enquanto certos setores, como o da aviação, provavelmente não voltarão aos níveis de consumo anteriores à pandemia, mesmo no próximo ano.”

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