Vendas de importadores de veículos recuam 9,4% no ano

Associados à Abeifa atribuem resultado negativo à alta do dólar e à falta de confiança do consumidor

Por REDAÇÃO AB
  • 05/06/2019 - 16:13
  • | Atualizado há 2 anos, 8 meses
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    As vendas de veículos importados recuaram 9,4% no acumulado de janeiro a maio quando comparado com o resultado de iguais meses do ano passado. Dados divulgados na quarta-feira, 5, pela Abeifa, associação dos importadores, mostram que o segmento atingiu as 13,5 mil unidades emplacadas no período, enquanto há um ano este volume era de 14,9 mil veículos.

    Para o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini, a constante alta do dólar, acima dos R$ 4,00, e a falta de confiança do consumidor brasileiro ainda impactam o setor.

    “Com pouco mais de 13 mil unidades importadas em cinco meses, se anualizarmos esses números estamos falando de 32 mil unidades em 2019, quando nossa previsão inicial é chegar a 50 mil veículos importados. Por isso, estamos apreensivos”, diz o presidente da Abeifa.



    Por outro lado, o executivo comemora o fato das vendas terem crescido no comparativo mensal. Os licenciamentos de maio foram 4,9% maiores do que os de abril. “Já é um alento, mas poderíamos ter tido resultados mais promissores”, aponta Gandini.

    No entanto, o volume de pouco mais de 3 mil unidades vendidas no mês passado representa queda de 4,4% sobre maio de 2018.

    Entre as associadas que têm produção nacional - BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki – as quatro fecharam maio com 2,6 mil veículos nacionais emplacados, aumento de 4,3% sobre abril e também um avanço de 37,5% quando comparado com maio do ano passado.

    Por marcas, a Caoa Chery, com 1.749 unidades emplacadas, obteve crescimento de 20,8% contra abril. A BMW viu as vendas de seus nacionais diminuírem 2,6% em maio, com 568 unidades, e a Land Rover também registrou queda de 43% de um mês para o outro com 191 carros emplacados em maio. Por sua vez, a Suzuki reduziu o volume produzido em 18,3% entre abril e maio, para 147 unidades licenciadas. Vale lembrar que estes volumes só consideram os carros produzidos no Brasil e não fazem parte do volume total de veículos importados.