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Mourão: confiança na economia irá se recuperar com aprovação da reforma

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira,8, que a confiança da população na economia vai se recuperar quando o Congresso aprovar a reforma da Previdência. Ele novamente afirmou que o governo “não tem varinha de condão”. “Pode ser que as expectativas das pessoas estivessem muito altas”, afirmou.

“Para o Brasil avançar, ele precisa das reformas e inicialmente a da Previdência faz parte desse pacote”, avaliou o vice-presidente. “Nós temos clareza do que queremos, precisamos dessas reformas, independente de serem populares ou não e temos que ter paciência para negociar com Congresso”, afirmou Mourão a jornalistas.

Antes, ele se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Na reunião, Mourão disse ter comentado com o americano que há mais de 30 partidos diferentes no Brasil e por isso é preciso de “diálogo permanente” com o Congresso. Segundo ele, o americano brincou: “talvez aqui eu preferisse ter esses 30 do que dois”.

Antes de desembarcar em Washington, Mourão passou com Boston, para participar do Brazil Conference, evento organizado por estudantes brasileiros das universidades de Harvard e do MIT. Segundo Mourão, no local ele teve uma conversa “muito boa” com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que também participava do evento. “Temos muita convergência de pensamento e posições”, disse Mourão sobre Toffoli.

Ele não quis comentar a prisão dos dez militares do Exército em flagrante pelo envolvimento no fuzilamento do carro de uma família em Guadalupe, na zona norte do Rio, no domingo, 7. O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morreu depois que o carro foi alvejado por mais de 80 tiros.

“Estou tomando conhecimento agora, o que eu soube pela manhã é que uma patrulha do Exército tinha sido emboscada por uma quadrilha de narcotráfico. Foi o último dado que eu sabia”, afirmou Mourão, que disse não ter conhecimento sobre a prisão.

Mike e Tony

Na entrevista aos jornalistas, Mourão respondeu perguntas em português, inglês e espanhol. No início da conversa com a imprensa, o assessor de Mourão avisou que o vice-presidente estaria apto a responder perguntas nas três línguas. “E em francês”, emendou Mourão. O vice-presidente disse que a intenção da visita a Pence, em Washington, era abrir caminho de diálogo entre os dois. “Nós criamos aquele sentimento de que posso pegar um telefone e ligar para ele. Eu chamo ele de Mike, ele chama de Tony e está tudo bem”, disse Mourão.

A visita do vice-presidente, menos de 20 dias depois da passagem do presidente Jair Bolsonaro pelos Estados Unidos para encontro com Trump, gerou estranheza em parte das autoridades americanas. Segundo Mourão, a ideia era fazer um “aproveitamento de êxito” e tirar vantagem do que ele considerou como o momento de empatia entre Trump e Bolsonaro.

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