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03/10/2020

Estudo projeta alta na insolvência de empresas em 2021


(04/10/2020) – A Covid- 19 está criando uma bomba-relógio de insolvência, de acordo com o relatório “Calm before the storm: Covid-19 and the business insolvency time bomb” (Calmaria antes da tempestade: Covid-19 e a bomba-relógio da insolvência empresarial), da seguradora Euler Hermes, publicado em julho e recém-divulgado pelo site Statista.

Embora a economia de muitos países já esteja em ritmo de recuperação, o estudo estima que grande parte das insolvências ainda esteja por vir entre o final de 2020 e o primeiro semestre de 2021, como resultado de condições iniciais desiguais, diferentes estratégias de reabertura e medidas de políticas emergenciais. Especula-se que até 2021 o índice global de insolvência cresça 35%.

De acordo com o estudo, os maiores aumentos serão registrados nos Estados Unidos (57% até 2021, em comparação com 2019), Brasil (45%), China (40%) e países europeus centrais, como: Reino Unido (43%), Espanha (41%), Itália (27%), Bélgica (26%) e França (25%). Também é esperado que dois em cada três países registrem aumento mais forte de insolvências em 2020 do que em 2021, principalmente EUA, Brasil, China, Espanha e Itália. O relatório aponta que a retirada de medidas políticas de apoio às empresas poderia gerar um aumento, de 5 a 10%, nas insolvências. Além disso, é apontado que a economia global pode demorar mais do que esperado para se recuperar da pandemia, levando a aumento entre 50 e 60% nas insolvências.

O relatório identifica três fatores que culminarão em um atraso na transformação dos impactos da Covid-19 em insolvências, fazendo com que a maior parte seja registrada entre o final de 2020 e o primeiro semestre de 2021:

– O impacto das medidas de bloqueio nos tribunais comerciais, especialmente os menos avançados digitalmente, criando atraso nos registros oficiais de insolvências.

– Intervenções governamentais de emergência na intenção de evitar uma crise de liquidez para empresas: diferimento de impostos, empréstimos e garantias estatais, subsídios salariais e moratórias da dívida.

– Mudanças temporárias nos regimes de insolvência destinadas a dar tempo e flexibilidade às empresas antes de recorrerem ao pedido de falência. A Europa tem sido particularmente reativa com mudanças temporárias em países centrais como Alemanha, França e Reino Unido, mas também em mercados menores. No entanto, nenhuma dessas mudanças temporárias nas estruturas de insolvência tem a mesma data de término.

Também foram identificados dois grupos de países: os que verão um aumento mais forte nas insolvências em 2020 e aqueles que verão um aumento atrasado em 2021. A maioria dos países da APAC estão no primeiro grupo (China, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Nova Zelândia, com a Índia como principal exceção), principalmente porque foram os primeiros a serem afetados pelo surto de Covid-19. A recuperação econômica da região ajudará a limitar o aumento das insolvências em 2020, mas as medidas de bloqueio mais rígidas e/ou mais longas também limitarão a recuperação e manterão as empresas sob pressão até 2021, quando a região verá outro aumento nas insolvências. A China lidera a lista, com uma expectativa de 40% a mais de insolvências até o final de 2021, em comparação com 2019. Ela é seguida por Cingapura (39%), Hong Kong (23%), Japão (13%) e Austrália (11%). Os Estados Unidos também está na primeira categoria e terá o maior pico: 47% em 2020.

As insolvências de grandes empresas estão aumentando a pressão ao longo das cadeias de abastecimento. Colocam em risco não só os clientes – com a interrupção de fornecimento -, mas também seus próprios fornecedores em risco financeiro. No relatório é destacado que quanto maior a falência da empresa, maior o risco de um efeito dominó.

Fonte: Euler Hermes e Statista

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