A General Motors abriu nesta quarta-feira (20) um processo contra a Fiat Chrysler, alegando que a rival subornou representantes da central sindical UAW (United Auto Workers) ao longo de anos para interferir no processo de negociação trabalhista e obter vantagens, o que teria custado bilhões de dólares à montadora americana.
A GM afirmou que vai buscar reparação "substancial" da FCA e que vai reinvestir os recursos nos Estados Unidos. A empresa não deu detalhes sobre valores.
O processo foi aberto em um momento em que a FCA trabalha para se fundir com a rival francesa PSA (dona das marcas Peugeot e Citroën) e negocia um contrato de trabalho de quatro anos com a UAW.
O processo da GM cita três ex-executivos da FCA que admitiram culpa em uma investigação federal em andamento sobre a UAW e a FCA. A GM afirmou que o inquérito, junto com sua própria investigação, resultaram no processo.
"Estamos chocados com esse processo, tanto pelo seu conteúdo quanto pelo momento em que ele foi aberto", afirmou a FCA.
"Apenas podemos assumir que isso tem a intenção de interromper nossa proposta de fusão com a PSA, bem como nossas negociações com a UAW."
A PSA não comentou.
A UAW deixou para negociar um acordo trabalhista com a FCA por último, após acertar acordos com Ford, na semana passada, e com GM, em outubro.
A central sindical afirmou estar confiante que os termos destes contratos não foram afetados pelas ações da FCA ou de representantes da UAW. A entidade afirmou ainda que lamenta que as alegações possam causar dúvidas sobre os contratos.
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