VW Caminhões aposta em vendas acima das 100 mil unidades em 2019

Brasil tem potencial para absorver de 150 mil a 200 mil caminhões por ano

Por SUELI REIS, AB | De Resende (RJ)
  • 25/09/2019 - 14:45
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    A VWCaminhões e Ônibus aposta que o mercado brasileiro pode ultrapassar a barreira dos 100 mil caminhões vendidos este ano graças à forte demanda que continua impulsionando os emplacamentos mês a mês. Volume como este não se vê desde 2014, quando as vendas foram de 136,2 mil. Depois disso com a crise econômica, as vendas despencaram até 2017, quando o mercado voltou a reagir: se comparado com aquele ano, as vendas atuais avançaram 100%.

    Mas os números são fortes por causa de uma base de comparação ainda baixa. Segundo o gerente executivo de marketing da VWCO Luciano Cafure, embora o ritmo de negócios esteja voltando lentamente à sua normalidade, a tendência aponta para um crescimento contínuo também para os últimos meses do ano.

    “Se continuar com o crescimento que tem sido visto de janeiro até agora, certamente deve passar das 100 mil unidades, podendo chegar até 105 mil”, disse o executivo na quarta-feira, 25, a um grupo de jornalistas nas dependências da fábrica de Resende (RJ) durante a apresentação para adiantar as novidades que a empresa vai lançar na Fenatran, em outubro.

    O segmento de caminhões pesados e extrapesados, com PBT acima de 15 toneladas, representa 50% das vendas atuais no mercado de caminhões e continuará impulsionando o mercado até o fim do ano graças à demanda do agronegócio, que para o executivo, foi o único fator que conseguiu elevar o desempenho do setor de caminhões após o enfrentamento da crise, que ainda deixa sequelas: “O mercado está voltando à sua normalidade, ainda que lentamente; os negócios não estão desacelerando mês a mês. A economia dá sinais positivos, com uma Selic baixa e inflação sob controle”, completa.

    Para o executivo, o País tem potencial para absorver de 150 mil a 200 mil caminhões por ano. “Se os investimentos vierem fortes, acredito que atingiremos esse volume [de 150 mil] em até dois anos”, projeta.