Por Valor Online


O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 0,5 ponto em fevereiro, para 97,2 pontos, após oito meses em alta. Em médias móveis trimestrais, o índice manteve tendência ascendente ao avançar 0,6 ponto.

Houve queda tanto do índice que mede a percepção dos empresários sobre a situação corrente dos negócios (ISA-E) quanto do Índice de Expectativas (IE-E). O ISA-E recuou pelo segundo mês seguido, em 0,6 ponto, para 92,8 pontos. O IE-E teve queda de 0,3 ponto, para 101,5 pontos, permanecendo na zona de neutralidade (próximo aos 100 pontos).

Entre os setores integrantes do ICE o resultado foi bastante heterogêneo em fevereiro. A indústria, continuou avançando, em ritmo menos intenso, enquanto o comércio avançou pelo terceiro mês consecutivo, puxado pelas expectativas dos empresários, que caminharam em sentido oposto ao aumento do pessimismo observado nos demais setores.

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A confiança no setor de serviços recuou em 1,7 ponto em fevereiro e é o único setor que recua na métrica de médias móveis trimestrais. Após avançar por sete meses consecutivos, a confiança da construção recuou 1,4 ponto.

“Em fevereiro, o índice de expectativas empresariais registrou a primeira queda desde agosto passado, tendo como destaques negativos o setor de Serviços e a Construção. Em ambos os casos, os indicadores, que antes sinalizavam otimismo com os meses seguintes, passaram a retratar neutralidade. Os indicadores de situação atual também recuaram no mês, embora neste caso o setor de Serviços tenha sido o único responsável. Quase toda a coleta de informações para as sondagens de fevereiro foi realizada antes do expressivo avanço do surto mundial de coronavírus, na última semana do mês”, diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, em comentário no relatório.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O mercado brasileiro reduziu para 2,17% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento abaixo de 2%.

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