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Foto: Michel Willian / Gazeta do Povo
Foto: Michel Willian / Gazeta do Povo| Foto:

É época de mais uma vitória do campo brasileiro. Vamos colher, segundo o IBGE, neste ano, 230 milhões de toneladas de grãos. O campo brasileiro em alguns lugares tem a maior produtividade do mundo. A região entre Sinop, Sorriso, em Mato Grosso, têm uma produtividade incrível.

Esse é o campo. O campo está mais rico que a cidade, vocês sabiam? E produzem o que? Alimento. Ninguém pode viver sem alimento. É um grande futuro. Foi uma bobagem aquilo de dizer “vamos deixar de ser um país agrícola, precisamos ser um país industrializado”.

Foi no campo que aconteceram as transformações na humanidade nesses últimos 150 mil anos, desde o coletor caçador, que passou a ser plantador também e criador. Aí mudou o planeta Terra.

O Brasil está aproveitando suas terras, suas boas terras, mas sobretudo os bons cérebros, as boas mãos, os bons braços, tecnologia no campo. O mundo digital está no campo. Isso começou em 1974, aquele período entre 1974 e 1979.

Naquele tempo criaram a Embrapa e os nossos agrônomos, técnicos, especialistas e nossos pesquisadores de genética vegetal e animal foram mandados para o exterior. Hoje são os gringos que mandam gente para cá para aprender na Embrapa. Pena que nesses últimos anos a Embrapa foi aparelhada. Então faço meu apelo: Embrapa sem partido já.

Foi por isso que na última sexta-feira, indo de Brasília para Belo Horizonte, quando entrou uma pessoa no avião eu me levantei em sinal de respeito: era Alysson Paulinelli. Esse homem fez essa revolução junto com o chefe dele, o presidente Geisel – e nós estamos colhendo os frutos desde então. E isso tem salvo a balança comercial brasileira, portanto, tem salvo também o balanço de pagamentos do Brasil.

Viva o campo! Isso que eu queria dizer para vocês que trabalham no campo. E queria dar um viva, também, para Alysson Paulinelli nesse país que não cultiva seus heróis. Eu estava na primeira fila quando ele entrou e imaginei que o avião inteiro ia se levantar aplaudir o Alysson Paulinelli, mas as pessoas não conhecem os nossos heróis, infelizmente.

Mudando de assunto, vossa excelência…

Saiu um decreto que abole aquele tratamento de Vossa Excelência, doutor para lá, doutor para cá. Tem gente me chamando de doutor, eu sou jornalista. Doutora é minha mulher que é médica: isso é doutor.

Mas é a mania do brasileiro, é um tratamento meio de submissão. Está abolido no serviço público federal.

De certa forma isso aconteceu depois de que o Dória, quando era prefeito de São Paulo, aboliu aquelas histórias de ilustríssimo para lá e para cá.

Claro que no protocolo, no cerimonial, tratando de autoridades estrangeiras e de juízes vai ter que se usar, porque é o que recomenda o cerimonial.

13º do Bolsa Família

E tem uma medida provisória também que vai criar o 13° salário para o Bolsa Família. Vai fazer uma diferença no Nordeste, inclusive uma diferença entre aqueles que não votaram em Bolsonaro. É uma medida também que tem efeitos colaterais.

Outra questão são as multas ambientais. É multa para lá, é multa para cá, prejudicando a atividade do campo, que eu elogiei tanto. Quem recuperar o meio ambiente que destruiu vai ser eliminado da multa: vai pagar como pena a recuperação do meio ambiente que destruiu.

Autonomia do Banco Central

E um projeto de lei foi enviado à Câmara para finalmente dar autonomia ao Banco Central. O BC não vai mais depender de mudanças de governo.

Interessante como o destino marca as coisas, quem está presidindo o Banco Central agora é o Roberto Campos Neto, cujo o sonho do avô, Roberto Campos, era um Banco Central autônomo.

Por último eu queria fazer um registro…

Primeiro se anunciou o aproveitamento de 500 aprovados em um concurso da Polícia Federal, em que passaram 1,2 mil – agora vão aproveitar mil. Tem um desfalque de 4 mil na Polícia Federal. O efetivo é mais ou menos de 15 mil. Todo mundo se formando na Academia Nacional de Polícia, uma polícia de altíssima qualidade.

Acho que precisa ter mais Polícia Federal para combater o crime, e isso é consequência daquele Pacote Anticrime. É o crime pela fronteira, por onde entram drogas e armas, e o crime de colarinho branco de onde sai o nosso dinheiro para o bolso dessas pessoas, parte das quais a gente já conhece muito bem.

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