Por G1


O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 3,05% na segunda prévia de novembro, depois de subir 2,92% no mesmo período do mês anterior, puxado pelos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (18).

Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 20,56% para 24,25%.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.

Segundo André Braz, coordenador dos Índices de Preços, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui o maior peso no indicador, segue pressionado pelo aumento das matérias-primas brutas (4,77% para 5,22%), onde estão as commodities, cujo aumento de preços, vem influenciando mais a cadeia produtiva e justificando acréscimos em bens intermediários (3,50% para 3,97%).

Contribuíram para o movimento do grupo itens como milho em grão (7,81% para 19,87%), algodão em caroço (6,52% para 19,41%) e café em grão (-8,25% para 0,33%).

O IPA subiu 3,98% no segundo decêndio de novembro, ante 3,75% no segundo decêndio de outubro.

Já os demais componentes do IGP-M registraram altas menos expressivas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,51%, contra 0,71% no mesmo período de coleta de outubro, enquanto que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,38% contra 1,50% na segunda prévia de outubro.

Em 2020, o IGP-M tem registrado uma variação bem acima da inflação oficial, que em 12 meses segue abaixo da meta central do governo para o ano, que é de 4%.

Governo aumenta de 1,83% para 3,13% projeção da inflação em 2020

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