Vendas crescem em fevereiro, mas não compensam queda do 1º bimestre
Média diária de emplacamentos de modelos leves cresce 28% no mês
Fevereiro tinha tudo para dar errado no mercado de veículos leves: o mês mais curto do ano e de quebra um feriado prolongado de carnaval. Mas com apenas 18 dias úteis, o desempenho do mês foi positivo e fechou com vendas 4,6% maiores na comparação com janeiro. Os emplacamentos ficaram pouco acima das 192,6 mil unidades, na soma de automóveis e comerciais/utilitários leves. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 2, pela Fenabrave, entidade que representa o setor de distribuição.
O bom número reflete a alta de quase 28% da média diária de vendas: foram vendidos
10,7 mil veículos em cada dia útil do mês passado: em janeiro, a média tinha sido de 8,36 mil emplacamentos em cada um dos 22 dias úteis.
Apesar disso, o resultado de fevereiro não foi suficiente para conter a queda de 1% no primeiro bimestre: foram vendidos 376,7 mil automóveis e comerciais leves nos dois primeiros meses do ano contra 380,4 mil registrados no primeiro bimestre de 2019.
Em comunicado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, lembra que historicamente o período é impactado por diversos fatores sazonais, como férias, contas acumuladas de início de ano, além do feriado de carnaval. O executivo reforça que, embora o desempenho do bimestre tenha sido negativo, a entidade mantém suas expectativas otimistas para o ano.
“Consideramos o desempenho do primeiro bimestre normal e sem surpresas com relação às nossas projeções, que estão mantidas em um crescimento geral em torno de 10% para 2020. Continuamos confiantes de que teremos um novo ciclo de crescimento das vendas de veículos no País nos próximos meses”, declara o presidente da Fenabrave. |
Ainda no comunicado, Assumpção Jr. confirma que os concessionários vão reavaliar suas previsões de 2020 no início de abril, após a avaliação de alguns fatores, incluindo o impacto do coronavírus no mercado. Em sua primeira projeção para o ano, a Fenabrave aponta que as vendas deverão crescer 9% sobre o ano passado e ultrapassar a casa dos 3 milhões de unidades, o que não acontece desde 2014.
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