FPT mostra sua visão do futuro na Fenatran

Cursor X poderá ser aplicado em veículos, máquinas agrícolas ou de construção (foto: Mário Curcio)

Por MÁRIO CURCIO, AB
  • 14/10/2019 - 11:15
  • | Atualizado há 2 anos, 9 meses
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    A FPT, empresa do Grupo CNH Industrial, mostra pela primeira vez no Brasil o Cursor X. Em vez de um motor convencional movido a um ou dois combustíveis diferentes, ele se propõe como unidade capaz de funcionar somente com eletricidade, em modo híbrido (combinando um propulsor a gás e o elétrico) e a partir de uma célula de combustível movida a hidrogênio. Ainda como conceito, o Cursor X é mostrado na Fenatran 2019, que ocorre de 14 a 18 de outubro no São Paulo Expo.

    De acordo com a empresa, em veículos comerciais ele permitirá autonomia de 200 quilômetros em modo elétrico, 400 km operando como híbrido e até 800 km com a entrada da célula de combustível.

    “Temos uma série de desafios para os próximos dez anos e o Cursor X traz conceitos relacionados àquilo que estudamos para nossos futuros produtos. Ele é uma solução completa, não focada somente no motor”, afirma o diretor geral para pesquisa e desenvolvimento da FPT Industrial, Philip Scarth.



    Como o Cursor X ainda é um conceito, o executivo ainda não tem data prevista para sua chegada ao mercado, mas já prevê diferentes aplicações, como em veículos de resgate, máquinas agrícolas e de construção.

    “Ele será um produto modular, flexível e com montagem fácil. Poderá fornecer tração para qualquer veículo ou máquina. Sua eletrônica permitirá total integração com o veículo e até a capacidade de aprender e compartilhar informações durante a operação”, garante Scarth.

    Em curto prazo, a FPT admite que os motores a diesel ainda terão larga aplicação no Brasil e outros mercados, mas recorda que a utilização de gás ganha espaço na Argentina e o Peru já tem uma frota de 800 ônibus rodando com esse combustível.

    “No Brasil haverá maior desenvolvimento dos veículos flex e da aplicação do biodiesel. A utilização de biometano também é positiva por causa do impacto do carbono. É importante continuar investindo nessas tecnologias como ponte para a eletrificação”, conclui o presidente para a FPT na América Latina, Marco Rangel.