Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Trump se recusa a descartar tarifas contra o Brasil, noticia NYT

Fox News registra, sobre Venezuela, que 'Brasil tem sido o aliado mais forte da América contra a ditadura comunista'

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O jantar de Trump com Bolsonaro não apresentou resultado prático, com cobertura sem destaque nos EUA. No título no site do New York Times (acima), "Trump dá boas-vindas a Bolsonaro, mas deixa tarifas sobre a mesa". Ele o "recebeu na sua propriedade na Flórida em meio a tensão não resolvida sobre possível tributação de aço e ferro".

Do texto: "Questionado sobre tarifas, Trump inicialmente se esquivou da pergunta, dizendo apenas: 'A amizade provavelmente está mais forte agora do que nunca'. Pressionado se renunciaria às tarifas, disse: 'Não faço promessas'".

No despacho da agência Reuters, reproduzido mundo afora, "Trump: Nenhuma promessa sobre tarifas de aço e alumínio do Brasil".

O NYT anotou a presença de um dos filhos do brasileiro no jantar, acrescentando que "Eduardo Bolsonaro tem feito questão de visitar Mar-a-Lago, mais de uma vez, para se aproximar dos principais funcionários e aliados do governo Trump".

No título ainda mais vago do Wall Street Journal, "Trump, Bolsonaro discutem Venezuela e comércio". Eles, pela nota divulgada, "reafirmaram sua aliança estratégica". No relato do WSJ, "Bolsonaro expressa frequentemente admiração por Trump" e "adotou estilo semelhante, através de mensagens combativas no Twitter".

O canal governista Fox News fez entradas no sábado, uma delas anotando que os dois teriam "conversado sobre tudo, de comércio, infraestrutura e, mais importante, Venezuela", encerrando: "O Brasil tem sido o aliado mais forte da América contra a ditadura comunista".

Associated Press, CNN e outros não deram atenção ao brasileiro, destacando apenas a resposta de Trump de que não está preocupado "de jeito nenhum" com a chegada do coronavírus à capital, Washington, presente inclusive numa conferência de que ele participou.

Posteriormente, a assinatura de um acordo militar por Bolsonaro e pelo almirante Craig Faller, que chefia o Comando Sul dos EUA, recebeu ainda menos atenção. O perfil da organização no Twitter citou a "crescente parceria de defesa" dos dois países (acima).

Mas a Reuters anotou que, segundo um funcionário do governo Trump, a presença da gigante chinesa Huawei no Brasil "pode impedir uma cooperação mais forte".

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