Por G1


O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 0,02% em março, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, o indicador – que é considerado uma prévia da inflação oficial – havia ficado em 0,22%; em março de 2019, em 0,54%.

O recuo do IPCA-15 foi puxado pela queda de 16,88% no preço das passagens aéreas, setor que tem sido especialmente impactado pela pandemia do coronavírus, com cancelamentos generalizados de voos e paralisação de operações. O item contribuiu com -0,11 ponto percentual no indicador.

Com o resultado, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado trimestralmente) ficou em 0,95%. Em 12 meses, o índice alcançou 3,67%, abaixo dos 4,21% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Transportes

Entre os grupos de despesas, os transportes exerceram a maior influência de queda sobre o IPCA-15, com deflação de 0,8%. Além das passagens aéreas (que recuaram pelo terceiro mês seguido), também tiveram quedas os preços de:

  • gasolina (-1,18%)
  • etanol (-1,06%)
  • óleo diesel (-1,95%)
  • gás veicular (-0,89%)

Outros grupos de despesas

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram deflação em março. Já no lado das altas, a maior contribuição veio do grupo saúde e cuidados pessoais, refletindo altas nos itens de higiene pessoal (2,36%).

O grupo alimentação e bebidas (0,35%) também apresentou alta em março, após queda de 0,10% no mês anterior. A alimentação no domicílio, que havia registrado queda em fevereiro (-0,32%), subiu 0,49% em março. Já a alimentação fora do domicílio (0,03%), observou-se desaceleração na comparação com o mês anterior (0,38%).

Veja as variações:

  • Alimentação e Bebidas:0,35%
  • Habitação: -0,28%
  • Artigos de Residência: -0,05%
  • Vestuário: -0,22%
  • Transportes: -0,80%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 0,84%
  • Despesas Pessoais: 0,03%
  • Educação: 0,61%
  • Comunicação: 0,33%

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